terça-feira, 25 de setembro de 2012

MIRANDO ALTO



Os pesquisadores do MD Anderson - Centro de Câncer, em Houston/TX – USA - tem como meta a eliminação de alguns tipos de cânceres até o final desta década.

O programa baseia-se num evento de 50 anos atrás, quando o presidente John F. Kennedy prometeu que o homem iria à lua antes do final da década de 60. Vi o acontecimento em 1969, e cá estou numa torcida terrível de ver isto também.

A meta é fazer com que mortes por câncer se tornem algo tão raro como, vamos dizer, morrer de pneumonia após o advento dos antibióticos.

Os tipos de câncer a serem inicialmente focados são (em ordem alfabética):

• câncer de mama do tipo triplo negativo
• câncer de ovário
• câncer de pulmão
• câncer de próstata
• leucemia linfocítica crônica
• leucemia mielóide aguda
• melanoma
• síndrome mielodisplásica



A base do programa é a pesquisa, tanto a básica, quanto a aplicada, como por exemplo, sequenciamento do genoma do tumor, testagem de fumantes pesados com novas técnicas de RX (importante lembrar que o câncer de pulmão é o que mais mata, no mundo todo), campanhas universais para testagem dos vários tipos de cânceres, campanhas educativas para melhorar nível de saúde no geral.

Com 3 bilhões de dólares de fundos, e juntando as melhores cabeças do mundo na área, uma coisa já conseguiram: renovar esperanças. E sabe-se que esperança é um dos itens mais importantes em qualquer situação e/ou tratamento.

Claro está que a palavra “esperança” tem significados diversos e muito pessoais: alguns chamam fé, outros religião, outros tantos confiança no médico/tratamento/ciência. O nome pouco importa. Importa o comportamento que daí se deriva.

A definição comportamental de esperança é a percepção da capacidade de: a) definir caminhos para os objetivos desejados, e b) a auto motivação através do pensamento, para iniciar e manter o movimento ao longo desses caminhos.

Só pela definição dá para entender a diferença que isso faz, desde como levamos a vida até como encaramos uma doença. Então gente, vamos levantar as esperanças, que a cavalaria está chegando!

Esta cavalaria pode não se parecer nem um pouco com os garbosos soldados em cavalos mais bonitos ainda da série Rin-Tin-Tin. É uma cavalaria sem cavalos, sem uniformes e sem uma identidade cultural que os defina: são brancos, pretos, amarelos, homens e mulheres, europeus, americanos, asiaticos, judeus, cristãos, islamicos, budistas, ateus, e qualquer outra coisa pelo meio.

Vem armados com conhecimento, vontade e fé.

De que mais a gente precisa?

Dra. Patrizia Donatella Streparava.
Neuropsiquiatra. Curiosa. Interessadíssima na interrelação entre emoções, comportamentos e doenças. Familiares e amigos tem e/ou tiveram câncer. Louca para que essa praga seja domada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário